terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sete motivos para ligar o celular na sala de aula

FONTE: UOL Educação | El país



"Liguem os telefones celulares." 

Quando esta for a primeira frase que o professor disser a seus alunos ao entrar na classe, em vez de mandar que os desliguem, a mudança será real. No mundo atual, plenamente digitalizado, a entrada da tecnologia na educação não tem retorno.

Muitos lembraram que o mesmo aconteceu há décadas com as calculadoras. Antes proibidas em classe, passaram a ser usadas para aprender. Depois que a criança já sabe somar, sua utilidade para resolver problemas mais complexos é evidente.

O mesmo acontece com a tecnologia existente hoje. Todos os suportes (celulares, tablets, notebooks...) são úteis para aprender, e não só na classe. O aprendizado tornou-se onipresente, e a classe perdeu seu protagonismo. Esta é uma das teses de especialistas internacionais que estarão sobre a mesa durante a 29ª Semana Monográfica da Educação da Fundação Santillana, que começa nesta terça-feira (24) em Madri, com o título "Melhorar a educação: como a tecnologia pode contribuir?".

Para esquentar os motores, expomos aqui as principais razões que estão levando todo o mundo a usar todo tipo de suporte em aula:

O celular é o prolongamento do braço

O aluno leva toda a informação consigo, a movimenta, intercambia, compartilha em rede, fora e dentro da classe. Desta forma, aprende de maneira intuitiva, mesmo sem estar consciente disso. O celular é a chave para os estudantes. "Chegará um dia em que o professor dirá aos alunos no início da aula: 'Liguem os celulares', em vez de mandar desligá-los", explica o diretor de educação da Fundação Santillana, Mariano Jabonero. Há tempo já se dizia que o mouse do computador tinha se transformado no prolongamento do braço das novas gerações de crianças e jovens. Mas hoje seu celular o é ainda mais.

Aplicativos contribuem na educação

A classe não é mais o único lugar onde se aprende. O uso de aplicativos educacionais como complemento das disciplinas começa a ser uma realidade. E as iniciativas de empreendedores para criá-los são cada vez mais numerosas. O setor calcula que atualmente existam mais de 80 mil apps educativos. São gratuitos e ajudam a aumentar a motivação do aluno. Muitos professores e especialistas insistem em sua utilidade durante a aula. Os conteúdos vêm de fora da classe, na qual entram pela tecnologia através dos celulares e outros suportes.

Professores também estão familiarizados

O professor sabe usar a tecnologia como o aluno. "O tópico de que os alunos usam mais a tecnologia e estão mais familiarizados com ela do que os professores se rompeu", lembra Jabonero. Essa premissa, que era repetida incansavelmente há anos, não é mais verdadeira. Todo mundo usa a tecnologia em sua vida cotidiana e profissional, seja para enviar mensagens, navegar, jogar, ouvir música ou alguns, inclusive, para ensinar. Sem mencionar que muitos professores que hoje atuam na educação não universitária já pertencem a gerações que nasceram na era tecnológica.

Recursos digitais já estão disponíveis

A transformação da educação pela tecnologia tem três pés: os recursos digitais com os quais se dotam a classe e os alunos (desde as lousas digitais aos computadores), o acompanhamento do professorado e um currículo digitalizado. E os recursos já não são a matéria pendente, ressaltam os especialistas. De fato, 85% dos centros secundários nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos) já em 2012 estavam dotados de computadores de mesa; 41% de portáteis e 11% de tablets, segundo dados da organização. Os passos seguintes são ampliar o currículo digital, assim como o acompanhamento e o apoio do professorado no ensino com esses materiais.

Professores aprendem diretamente com especialistas

Os professores não vão mais a cursinhos para aprender a usar a tecnologia. Não é esta a solução, está mais que comprovado. Hoje em dia o acompanhamento do docente é feito por especialistas em tecnologia nas próprias escolas, explica Jabonero. Eles recebem apoio em campo no uso de todas as ferramentas que integram o currículo digitalizado (que tem diversos recursos, como ilustrações animadas, vídeos, visitas virtuais, fóruns...). Muitos especialistas citam o caso do Uruguai como exemplo da importância desse apoio. O país informatizou todas as escolas, mas não dotou os professores de ferramentas para usar esses novos recursos. A conclusão foi que diminuíram os resultados dos alunos, segundo se viu nas notas que obtiveram na avaliação internacional do programa Pisa, da OCDE.

"Coordenador tec" supervisiona os sistemas nas escolas

Nos últimos anos foi criada a figura do "coordenador tec" nos colégios, exatamente pela razão anterior: para facilitar sua boa utilização com o fim de que se traduza em um sistema melhor e mais eficaz de aprendizado para os alunos. Diversos colégios espanhóis já contam com eles. O coordenador tec é o responsável e supervisor do uso da tecnologia nas aulas. Faz o acompanhamento do professorado e de sua adaptação ao currículo do colégio.

Investimento geral em tecnologia é cada vez maior

O gasto público em tecnologia cresce nos países mais avançados, apesar de diminuir o gasto em educação. Países como EUA ou Inglaterra seguiram essa linha em plena crise. Mas nem sempre o investimento em tecnologia para a educação se traduziu em uma melhora dos resultados dos alunos. De fato, alguns países que menos investem nela (como Finlândia, Japão ou Coreia do Sul) saem nos primeiros lugares das provas Pisa, assim como outros que, pelo contrário, investem muito nela (como Cingapura, Países Baixos ou Estônia).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Professores mantêm greve no Paraná

A greve de 11 dias dos professores do Paraná continua.



Fonte: UOL | Educação

http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2015/02/19/professores-mantem-greve-no-parana.htm


Mesmo após uma reunião nesta quinta-feira de quatro horas entre representantes do governo e dos professores, no Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, não houve um acordo. O fim da paralisação tem nova chance de se concretizar nesta sexta-feira, quando um novo encontro entre docentes e governo será realizado, às 10h, no mesmo local.
Apesar de não haver total consenso, houve alguns acordos entre as partes. No final da reunião, o governo comprometeu a fazer o pagamento dos 29 mil professores contratados em regime de Processo Seletivo Simplificado (PSS) já na próxima terça-feira, o que custará aos cofres públicos o equivalente a R$ 84 milhões. Também ficou acordado que não serão encaminhadas as medidas de austeridade previstas em dois projetos de lei apresentados pelo governador Beto Richa. O pacote chegava a mexer em R$ 8 bilhões da verba destinada aos servidores.
Representantes da classe chegaram a ocupar o interior da Assembleia Legislativa na semana anterior ao Carnaval - após confronto com a polícia - no objetivo de derrubar os projetos de Richa. Ficou definido que cada tema será explicitado e que projetos diversos deverão passar pelas comissões regulares. O governo também se comprometeu a não colocar em votações projetos que tratem da previdência dos servidores sem antes discutir com a categoria.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Estudantes não veem tecnologia como parte do aprendizado

Jovens não mobilizam as novas tecnologias para construírem relações com os saberes escolares, em grande parte utilizam seus celulares para se ausentarem daquele mundo


Fonte: Último Segundo - IG




Alunos de classes populares ainda não veem a presença de aparelhos tecnológicos em sala de aula como parte do processo de aprendizagem. Principalmente em escolas públicas, estudantes manuseiam aparelhos celulares sem a orientação ou intervenção de seus professores, apesar da proibição de sua utilização por lei.
É o que mostra pesquisa de mestrado de André Toreli Salatino, na Faculdade da Educação (FE) da USP. O pesquisador acompanhou regularmente dezenas de estudantes de uma escola pública. A ideia do trabalho foi compreender as tensões que conformam a experiência escolar contemporânea, a forma como os jovens vivenciam mundos culturais e tecnológicos distantes entre si.
Segundo o estudo, é do professor a responsabilidade de tentar criar situações de aprendizagem que incluam a utilização dos diversos aparelhos tecnológicos, já que as tecnologias não fazem nada por si mesmas. Esses jovens não mobilizam as novas tecnologias para construírem relações com os saberes escolares, em grande parte utilizam seus celulares para se ausentarem daquele mundo.
Com foco no processo de aprendizagem, cabe ao professor avaliar, em sua realidade concreta, se a implementação dos aparelhos tecnológicos contribuem para que os alunos criem uma relação com o conteúdo de sua disciplina.
Durante um ano letivo, Salatino observou três turmas do ensino médio de um colégio da periferia da cidade de São Paulo, na zona leste. O acompanhamento não se deu apenas em sala de aula, mas também em outros espaços escolares, como o pátio em horário de intervalo entre as aulas e períodos de entrada e saída. Esses espaços se mostraram interessantes por também participarem do mundo de exibição produzido com esses aparelhos tecnológicos, em meio à experiência escolar desses jovens.

Metodologia

A metodologia do trabalho teve inspiração da etnografia, método utilizado pela antropologia na coleta de dados. O pesquisador tentou compreender essa cultura escolar específica a partir do significado construído pelos jovens em sua relação com celulares e aparelhos eletrônicos em geral e com a escola dos dias atuais. Essa análise se deu por intermédio de um trabalho de campo prolongado com jovens de classes populares.
Foram aplicados questionários fechados a todos os alunos presentes nas turmas, cujas respostas foram comparadas com dados estatísticos publicados por diferentes institutos internacionais que tinham por objeto a relação dos jovens com a tecnologia. Para amenizar a distância entre “aquilo que somos” e “aquilo que dizemos que somos”, buscou-se refletir sobre o que as ações desses alunos têm a dizer sobre a sociedade em que estão inseridos.

Resultado

Por mais que a cooperação entre docente e tecnologia para auxiliar no progresso do ensino seja importante, não se pode deixar iludir. Em determinadas situações, será difícil introduzir recursos tecnológicos, mesmo porque a cultura brasileira não tem a aprendizagem como valor. Grande parte dos estudantes de classes populares não compreende o ensino em instituições escolares como meio de ascensão social. Muitos, aliás, observam a promessa da escola como ilusão, pela própria experiência com pessoas que concluíram o ensino médio e mesmo assim não galgaram condições financeiras melhores.
De acordo com Salatino, não significa, porém, que a proibição de telefones celulares em sala de aula seja o suficiente. Durante o percurso escolar esses alunos distraem-se com ou sem a presença de recursos tecnológicos, embora os aparelhos tecnológicos levem essa dispersão para outra escala. “Temos que considerar que a proibição não retirou os aparelhos da escola”, lembra o pesquisador, “pois a dinâmica de leis no Brasil é abstrata, constituída de cima para baixo e despreocupada com sua implementação prática”.

Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

Falta de escrever à mão "pode prejudicar desenvolvimento cerebral das crianças"

Uma pesquisa americana sugere que o uso excessivo de teclados e telas sensíveis ao toque em vez de escrever à mão, com lápis e papel, pode prejudicar o desenvolvimento de crianças.




Leia a notícia completa em

Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Situação atual dos professores no Brasil | JN | Fev.2015

Na primeira semana do mês de fevereiro de 2015, o Jornal Nacional veiculou uma série de reportagens sobe a atual situação dos professores no Brasil. 

Os vídeos contaram com a participação de professores e especialistas em educação de todos o país.




Confiram abaixo os títulos e os links para acesso à série de reportagens:

1) Aumenta o número de professores que abandonam as salas de aula
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/aumenta-o-numero-de-professores-que-abandonam-salas-de-aula.html

2) Alunos enfrentam falta de preparo de professores em sala de aula
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/alunos-enfrentam-falta-de-preparo-de-professores-em-sala-de-aula.html

3) Professores têm o desafio de tornar aulas mais atraentes para os alunos
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/professores-tem-o-desafio-de-tornar-aulas-mais-atraentes-para-os-alunos.html

4) Estágio em sala de aula é fundamental para quem quer ser professor
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/estagio-em-sala-de-aula-e-fundamental-para-quem-quer-ser-professor.html

5) Professores mostram o que pode ser feito para melhorar a educação
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/professores-mostram-o-que-pode-ser-feito-para-melhorar-educacao.html



Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

Um em cada dez municípios brasileiros atingiu a meta de ensino adequado em matemática

Veja o vídeo produzido pela TV Brasil




Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

Alunos de escolas públicas chegam ao ensino médio sem saber o que deveriam

Fontehttp://www.cearaagora.com.br/site/2015/02/alunos-brasileiros-chegam-ao-ensino-medio-sem-saber-o-que-deveriam/

Segundo o estudo, apenas 10,8% dos municípios têm alunos com o aprendizado adequado ao que se espera no 9º ano em matemática


O levantamento divulgado nesta quinta-feira (12) pelo movimento Todos Pela Educação (TPE), com base no desempenho dos alunos no 5º e 9º anos do ensino fundamental, aponta que as escolas públicas brasileiras não têm conseguido fazer com que seus alunos absorvam o conhecimento adequado às séries que estão cursando.
A maior parte dos alunos que chegam ao 9° ano do ensino fundamental não está conseguindo compreender textos narrativos longos com vocabulários complexos e não conseguem consegue resolver problemas matemáticos ou usar porcentagens e medidas padronizadas (como km e kg). A adequação sobre o que eles aprenderam para o que deveriam ter aprendido não tem evoluído conforme o esperado; em alguns casos, estagnou ou mesmo recuou. O quadro estadual é pior quando avalia-se o 9º ano do ensino fundamental: em matemática, o maior índice de avanço na adequação é observado no Ceará, mas ele é de apenas 28,3%.
Ainda segundo o estudo, apenas 10,8% dos municípios têm alunos com o aprendizado adequado ao que se espera no 9º ano (contra 28% em 2011) em matemática. Em português, esse percentual é de 30% (contra 55% em 2011). “A adequação não é necessariamente decrescente, porque estabelecemos metas mais ambiciosas para os municípios. Alguns podem ter melhorado (a qualidade do ensino), mas não atingiram essas metas”, diz à BBC Brasil Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do TPE. “A conclusão é que o aprendizado simplesmente não está melhorando como o desejado.”
As indicações apontam que a deficiência em português em matemática se estende também às demais disciplinas ensinadas nas escolas, apesar de isso não ter sido mensurado. O estudante acaba carregando falhas de aprendizado para os anos seguintes, o que estimula a evasão escolar e perpetua a qualidade insuficiente do ensino.
EDUCAÇÃO ESTAGNADA
Para Velasco, o diagnóstico do estudo reforça uma conclusão já tirada de outros levantamentos oficiais: que a educação brasileira nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio está estagnada.
A solução dos problemas não é única nem simples passa por melhorias na formação de professores, muitas vezes pouco preparados para os desafios da sala de aula, por medidas para corrigir a defasagem de aprendizado dos alunos e por reestruturações curriculares, é o que acredita a coordenadora do TPE.
Fontehttp://www.cearaagora.com.br/site/2015/02/alunos-brasileiros-chegam-ao-ensino-medio-sem-saber-o-que-deveriam/

Professores mostram o que pode ser feito para melhorar a educação

Série do JN mostra reportagens sobre a situação dos professores no Brasil: as dificuldades, os desafios, os avanços do ensino no país.






Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

Estágio em sala de aula é fundamental para quem quer ser professor

Diretor de escola reclama da qualidade dos cursos oferecidos aos professores. Nem todos são bons. Muitos por falhas da pessoa que dá o curso.






Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

Professores têm o desafio de tornar aulas mais atraentes para os alunos

Série sobre professores mostra que para ensinar não basta dominar o assunto. É preciso encontrar a melhor forma de transmitir o conhecimento.



Alunos enfrentam falta de preparo de professores em sala de aula

Segunda reportagem da série especial mostra que falha na formação acadêmica dos professores é um dos principais problemas nas escolas.




Reportagem completa

Equipe Notícias sobre Educação no Brasil

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